O Blog Cantos da Cidade elaborado e contextualizado por um grupo de alunos da UCSAL (Universidade Católica do Salvador) traz informações e postagens relacionadas a lazer e cultura na cidade soteropolitana de Salvador-Bahia, dando dicas e debatendo varias questões contidas em Cultura&Lazer, com textos científicos sobre o assunto partindo de pressupostos teóricos de vários autores sobre o tema. A palavra cultura abrange várias formas artísticas, mas define tudo aquilo que é produzido a partir da inteligência humana. Ela está presente desde os povos primitivos em seus costumes, sistemas, leis, religião, em suas artes, ciências, crenças, mitos, valores morais e em tudo aquilo que compromete o sentir, o pensar e o agir das pessoas. Sobre esses aspectos humanos e origens culturais presente em nossa sociedade que discutiremos de forma abrangente a cultura&Lazer dentro da nossa comunidade de informação que é o Canto da Cidade.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

A importância de Glauber Rocha para o Cinema





Passados  mais de 30 anos sem Glauber Rocha, o que nos da a deixa para lembrarmos um pouco do baiano de Vitória da Conquista, que nasceu em 14 de março de 1939, filho de Adamastor Bráulio Silva Rocha e de Lúcia Mendes de Andrade Rocha.

Seguiu a religião da mãe, o protestantismo. Estudou no Colégio do Padre Palmeira, importante núcleo cultural. Em 1947, mudou-se com a família para Salvador, onde participou de programas de rádio, grupos de teatro e cinema amadores, e do movimento estudantil. Passou a filmar.  Chegou a se aventurar pelo Direito, mas logo desistiu e se enveredou no jornalismo. Nessa época, conheceu Helena Ignez, que se tornaria sua esposa.


Realizou alguns curtas e estreou como diretor de longas com “Barravento”, de 1962. A partir daí o cinema nacional ou melhor, o cinema, não seria mais o mesmo. Contestador, criativo, louco. Não são poucas as características atribuídas ao cineasta, que integrou o Cinema Novo e concebeu algumas obras primas da nossa sétima arte.


“Deus e o Diabo na Terra do Sol” (1964) lhe deu projeção internacional: concorreu à Palma de Ouro em Cannes, onde retornaria mais algumas vezes, sempre disputando o prêmio principal e eventualmente vencendo outras categorias. Por “Terra em Transe” (1967) saiu premiado pelo júri. Foi eleito o melhor diretor com “O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro” (1969). E faturou melhor curta-metragem graças ao polêmico “Di Cavalcanti” (1977), que traz imagens do pintor morto, no caixão. Confira o curta na íntegra, abaixo:


Se a arte de Glauber inovou, provocou, transformou, também rendeu ao diretor o rótulo de subversivo pelos párias do regime militar. Não bastasse, sofreu patrulhas tanto da direita, como da esquerda. Partiu para o exílio em 1971 e nos últimos anos de vida enfrentou tragédias pessoais. Em 1977, sua irmã, a atriz Anecy Rocha, tinha 34 anos quando morreu ao cair em um fosso de elevador. Antes, outra irmã dele morreu, aos 11 anos, de leucemia.


Glauber nos deixou em 1981, vítima de septicemia, no Rio. O CineZen conversou com grandes conhecedores da obra do cineasta e profissionais do audiovisual nacional sobre a importância de Glauber. Mas antes de qualquer reverência, homenagem, vale dizer que talvez a melhor forma de lembrá-lo seja conferindo seus trabalhos. O artista parte. A obra é eterna. Abaixo, visões sobre Glauber Rocha:


“Glauber foi um cineasta brilhante, criativo, figura de proa do Cinema Novo. Mas como muito brasileiro, não conseguiu viver fora da terra natal e seus últimos anos são caóticos e trágicos. Uma tragédia brasileira. Adoro ‘Terra em Transe’, mas lamento os seus imitadores que até hoje continuam querendo ser como ele.” – Rubens Ewald Filho, crítico de cinema

“Foi um cineasta muito à frente de seu tempo. ‘Terra em Transe’ é um filme tão atual como em 1967, quando foi lançado. Glauber sofreu um desgaste muito grande, as gerações mais novas não têm ideia do que foi enfrentar aquilo (ditadura). Assistir hoje a um filme daquela época… fica difícil contextualizar, para quem não vivenciou os anos de chumbo. De alguns anos para cá, resolveram resgatar Glauber, estudar sua obra.” – Argemiro Antunes, artista plástico cuja grande parte do trabalho é inspirada no diretor e integra o Tempo Glauber

“Glauber, luz brasileira, chiaroescuro  árido, seco, cru, dedo em riste na cara de um Brazil que foi possível,  cinema-arma, ponto de mudança/poin of no return no audiovisual tupiniquim, carcará das telas, teus órfãos ainda padecem de um novo tu, uma nova geração ainda vai te re-descobrir/entender/deglutir/regurgitar! Caro Glauber, o cinema made in Brazil tá indo, já o país, ah o país… esse temos ainda  aquela esperança… de sair do transe. PS: Glauber, as crianças continuam vendo Super-Homem…” – Junior Brassaloti, Diretor de produção do Curta Santos, ator, artista circense e produtor cultural

“Ah, Glauber acima de tudo era um grande provocador, e ser incompreendido certamente era algo que fazia parte de seu universo e talvez algo que o estimulasse e que o seduzia ainda mais. Veja algumas de suas polêmicas declarações, que me ajudam muito a acreditar nesse perfil: ‘A arte não é só talento, mas principalmente coragem’; ‘A arte é tão dura quanto o amor’; ‘Todo artista deveria ser louco e ambicioso’. – Waldemar Lopes, artista plástico, cinéfilo, colaborador do CineZen

A seguir, filmografia selecionada de Glauber na direção e os principais prêmios e indicações de sua carreira:


- “Pátio” (curta, 1959)
- “A Cruz na Praça” (curta, 1959)
- “Barravento” (1962)
- “Deus e o Diabo na Terra do Sol” (1964)
- “Terra em Transe” (1967)
- “O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro” (1969)
- “O Leão de Sete Cabeças” (1970)
- “História do Brasil” (documentário, 1973)
- “Di Cavalcanti” (documentário curta-metragem, 1977)
- “A Idade da Terra” (1980)

Principais prêmios e indicações:


- Prêmio do júri de melhor curta no Festival de Cannes, por “Di Cavalcanti”.

- Concorreu à Palma de Ouro em Cannes de melhor curta, por “Di Cavalcanti”.
- Melhor diretor em Cannes, por “O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro”.
- Concorreu à Palma de Ouro em Cannes, por “O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro”.
- Prêmio da crítica em Cannes, por “Terra em Transe”.
- Concorreu à Palma de Ouro em Cannes, por “Terra em Transe”.
- Concorreu à Palma de Ouro em Cannes, por “Deus e o Diabo na Terra do Sol”.
- Melhor filme no Festival Internacional de Locarno, por “Terra em Transe”.
- Prêmio Luiz Buñuel na Espanha, por “O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro”.

“Barravento”, “Deus e o Diabo na Terra do Sol”, “O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro”, “Terra em Transe” e “A Idade da Terra” integram o acervo da Vídeo Paradiso.


http://cinezencultural.com.br


segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Praias, Praças e diversas áreas de lazer na Cidade de Salvador.

A cidade de Salvador é um importante destino turístico do país. Quanto ao turismo internacional, fica atrás apenas do Rio de Janeiro em procura segundo a EMTURSA. O interesse pela cidade se dá pela beleza do conjunto arquitetônico e da cultura local (música, culinária e religião).

O litoral de Salvador é uma das mais longas para cidades do Brasil. Há 80 km de praias distribuídas entre a Cidade Alta e Cidade Baixa, desde Inema, no subúrbio ferroviário até à Praia do Flamengo, do outro lado da cidade. Enquanto as praias da Cidade Baixa são banhadas pelas águas da Baía de Todos-os-Santos (Baía mais extensa do país), as praias da Cidade Alta, como a do Farol da Barra e a do Flamengo, são banhadas pelo Oceano Atlântico. À exceção é a praia do Porto da Barra, a única praia de Cidade Alta, localizada na Baía de Todos os Santos. O turista que escolhe Salvador pode ir à praia pela manhã, fazer um passeio ao Centro Histórico à tarde, jantar em um dos bons restaurantes da cidade e ir dançar nos ensaios dos blocos de carnaval ou ao som de outros estilos musicais. Outras opções de lazer são os teatros, como o Castro Alves, o Jorge Amado e o Vila Velha. Ainda se pode ir ao Farol da Barra ver o pôr-do-sol na Baía de Todos os Santos.
As praias da capital baiana são calmas, ideais para natação, vela, mergulho e pesca submarina, como também procuradas por surfistas devido enseadas de mar com ondas fortes. Há também praias cercadas por recifes, formando piscinas naturais de pedra, ideal para crianças brincarem.
Grandes hotéis tendem a ser localizados ao longo da orla marítima. Há também pequenos hotéis na Barra e outros (geralmente mais baratos) espalhados ao longo da via principal da Avenida Sete de Setembro (abreviado de apenas "Avenida Sete" pelos moradores) e ainda outros (também mais baratas) em torno do Pelourinho. Há também várias pousadas na Barra, Pelourinho, Santo Antônio e outros pontos da cidade.

Além das belas prais uma area de lazer bastante convidativa da cidade é o 
Solar do Unhão é sinônimo de diversão para todas as idades / Robson Mendes


Solar do Unhão, Mistura de passado, presente e futuro em um só lugar. Encantos de um tempo que já se foi e influenciou o aqui e agora. Histórias, muitas vezes ainda ocultas, e relíquias dos mais diversos povos. Os museus oferecem uma infinidade de descobertas, encontros e contato profundo com os mistérios do planeta. Por detrás de suas portas, um mundo a ser descoberto.


O Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA) é um desses locais. Instalado há 42 anos no Solar do Unhão, o museu é o mais especial da cidade. De frente  para o mar, proporciona um passeio inesquecível, onde o visitante pode curtir as exposições e se deslumbrar com a paisagem da Baía de Todos os Santos.






Fernando Savater em uma de suas obras, cita muito o individualismo. 
A individualidade pode ser inserida na área de lazer, o ser humano tem uma grande necessidade de ser feliz, e o desejo dessa felicidade não deixa de ser individualidade, acompanhado o pensamento do autor, o individualismo tem como proposito a partir de um pensamento ou de uma ação humana, beneficiar a si próprio naquele momento, mas depois ira beneficiar uma outra pessoa também. 

Um dos pontos negativos desta individualidade em relação aos habitantes de nossa cidade relacionados as áreas de lazer, são as praias e parques sujos no qual os próprios habitantes acabam contribuindo de certa forma para a degradação de tais ambientes, se cada pessoa tivesse um pensamento individual social e correto como não jogar lixo nas praias e parques,  todos seriam beneficiados por tais gestos de cidadania. O individuo estaria pensando em si, mas de uma forma ou de outra beneficiaria o outro. Outro exemplo seria as autoridades públicas construir e preservar áreas de lazer, seria bom para os visitantes para sua diversão, quando para a cidade, pois estaria atraindo pessoas para aquele local e com isso o setor financeiro da cidade ficaria mais abastecido. Isso seria um pensamento individualista do governo, mas a população ganharia novas áreas de lazer.


Reflexão

Apesar de todas as belezas da cidade, as praias, as praças e outras áreas de lazer e pontos turísticos que se encontra na cidade, estão degradados e em péssimos estados. Existem diversos problemas, o abandono administrativos da antiga gestão,  deixou a situação ainda pior, desta forma só fez prejudicar ainda mais o desenvolvimento da cidade e da região, atrapalhando os seguimentos econômicos, inclusive o segmento turístico. 
Estes problemas estão sendo observados pela nova gestão e pela  sociedade em geral. Os problemas deixados pelas gestões passadas não foram poucos, mas a atual gestão do prefeito ACM Neto, promete e tenta através de vários projetos e ações corrigir tais erros deixados pela má administração anterior. 


NOVA ORLA: O prefeito já começou a revitalização da orla, começou pela Barra. O prefeito de Salvador, ACM Neto, assinou a Ordem de Serviço que autoriza o início das obras de requalificação da orla da Barra, em trajeto que vai das imediações do centro comercial Barra Center até o Forte São Diogo, contemplando a revitalização de ruas internas. As obras serão executadas pela Odebrecht Infraestrutura, empresa que venceu concorrência pública realizada no mês de setembro. A requalificação ocorrerá em duas etapas: a primeira deverá ser finalizada antes do Carnaval, de forma que o espaço seja utilizado durante a festa, e a segunda, antes do início da Copa do Mundo, em junho de 2014. Os trabalhos deverão ser iniciados de imediato com a formação do canteiro de obras, a ser instalado em área lateral ao Farol da Barra. Contemplam uma remodelagem dos equipamentos urbanos hoje disponibilizados à população. Trata-se de uma nova forma de se usufruir da orla da cidade, privilegiando o pedestre e facilitando o acesso e visualização dos recursos naturais da região, considerada uma das mais bonitas do país e tradicional por sua dimensão histórica. 

A orla pode ter barracas de volta, apos sete anos de conflitos. O conflito entre os trabalhadores que tiveram as barracas de praia derrubadas e o poder Judiciário parece estar perto do fim, após sete anos de negociações. Na tarde dessa quinta-feira (9/5), durante Audiência de Conciliação Civil Pública, sob promoção do juiz Carlos D´Avila Teixeira, da 13ª Vara Federal, o projeto de reestruturação da orla de Salvador e Ilha foi apresentado pelo secretário de Urbanismo e Transporte, José Carlos Aleluia. Das 600 barracas derrubadas na orla nenhuma retornará a areia das praias e poucas voltarão a funcionar através de processos licitatórios. Os barraqueiros que não foram contemplados poderão ser relocados para outro ponto da cidade.




O projeto de revitalização da orla de Salvador


Um novo Projeto da prefeitura de Salvador irá revitalizar toda a vasta orla da cidade.

Serão implantados 50 mil m² de novas calçadas, 16 mil m² de espaço compartilhado entre pedestres e carros, seis quilômetros de ciclovias, 10 km com nova iluminação pública, além de quadras, praças e restaurantes. Projeto estimado em R$ 111,6 milhões.

São nove trechos: São Thomé de Paripe, Tubarão, Ribeira, Barra, Jardim de Alah/Armação, Rio Vermelho, Boca do Rio (onde as obras já começaram), Piatã e Itapuã. Os recursos são do governo federal, através do Prodetur, Prefeitura e iniciativa privada.



O projeto contará com o piso compartilhado em concreto, que é articulado em mosaico de cores variadas, usando toda a largura da rua, dutos subterrâneos de serviços na Barra e na Ribeira. Nesse modelo, que existe em cidades dos EUA e da Europa, onde pedestres dividem o espaço público com veículos, bicicletas e equipamentos públicos. Haverá restrição de veículos em alguns trechos



Serão implantados equipamentos de pequeno, médio e grande porte, anfiteatro, quiosques, restaurantes, arena multieventos, requalificação de praças e banheiros públicos e quadras poliesportivas.


São alternativas que darão conforto aos habitantes e aumento da lucratividade na outra ponta.



Com informações da Prefeitura de Salvador


Veja vídeo do projeto:



Sociologia do Lazer
















Na forma mais comum de entender, o Lazer é um conjunto de ocupações às quais o indivíduo pode entregar-se de livre vontade, seja para repousar, seja para divertir-se, recrear-se e entreter-se, ou ainda, para desenvolver sua informação ou formação desinteressada, sua participação social voluntária ou sua livre capacidade criadora após livrar-se ou desembaraçar-se das obrigações profissionais, familiares e sociais." (Dumazedier, 1976, apud Oleias).

O Lazer, que vem do latim ‘licere’ – ser lícito, ser permitido -, é normalmente definido como uma série de atividades que o ser pode praticar em seu tempo livre, ou seja, naquele momento em que não está trabalhando, em tarefas familiares, religiosas ou sociais, e que lhe proporcionam prazer. Neste contexto ele tem a oportunidade de relaxar, descansar, se distrair, exercer alguma forma de recreação.
É preciso não esquecer, porém, que o Lazer não é apenas um grupo qualquer de ocupações sem propósito algum senão preencher o tempo livre do sujeito. Ele pode e deve, como a animação cultural, ter uma conotação crítica e até mesmo transformadora da ordem instituída, mesmo que isso implique em desconstruir antigos mitos e convenções.

Desta forma é possível despertar o potencial criativo das pessoas e incluí-las cultural e artisticamente. Sem falar que o Lazer também está ligado ao âmbito pedagógico. Neste sentido, se ele é exercitado corretamente, pode colocar em prática os ‘Quatro Pilares da Educação’ de Delors: aprender a conhecer e a pensar; a fazer; a viver juntos, ou com os outros; a ser. Portanto, o papel do Lazer não é somente divertir alguém, vai além desta vaga função.

Além disso, é mais complexo definir o Lazer, pois ele pode estar ligado ao campo profissional de uma pessoa. Por exemplo, jogar bola pode ser uma atividade ligada a esta esfera para qualquer um que nela encontre prazer – portanto o indivíduo deve aderir a esta tarefa de forma voluntária -, mas se o indivíduo é um jogador de futebol, então como esta questão se resolve? Aí entra a importância da atitude diante da ocupação, porque se há deleite no que se faz, então se pode considerar que o trabalho está, de certa forma, aliado ao Lazer.

Assim, o Lazer não pode ser meramente definido como algo impreterivelmente desvinculado do trabalho profissional ou de qualquer outra atividade do ser humano. Um dos estudiosos deste campo, Nelson Carvalho Marcelino, divide o Lazer em seis esferas essenciais no seu livro Estudos do Lazer, uma introdução, de 2000: interesses artísticos, intelectuais, físicos, manuais, turísticos e sociais. Todos podem participar, eventualmente, de cada um destes setores da vida em sociedade.

O Lazer também é comumente classificado como Passivo ou Ativo. O Passivo é aquele que aliena o ser, e o envolve na teia consumista gerada pela Indústria Cultural, na qual o consumidor não passa de mais uma peça da engrenagem. Ele é inserido no mercado, hipnotizado pelo universo da publicidade, e neste sentido o Lazer também se transforma em um produto, acessível não mais apenas pelo tempo de que a pessoa dispõe, mas principalmente pelo capital, item fundamental.

Desta forma, sem a necessária educação dos sentidos, sem o desenvolvimento de um olhar crítico e seletivo, o ser humano fica a mercê da cultura de massa, aliada fiel da mídia, e se vê impotente, incapaz de optar ou de censurar as inúmeras atividades a ele oferecidas. Como consequência deste processo, o indivíduo passa a agir como um autômato, segue consumindo o produto Lazer sem ter o poder de processar seu conteúdo e de transformá-lo em aprendizado.

Já o Lazer ativo possibilita uma nova enunciação das múltiplas vivências, uma conversão das atividades em conhecimento, em expressão criadora e em novos olhares e potencialidades. Neste campo é permitida uma maior convivência social e uma melhor qualidade de vida. Simultaneamente o ser encontra o desejado deleite e o imprescindível repouso.



Fontes:
http://www.webartigos.com/articles/21881/1/O-QUE-E-O-LAZER/pagina1.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Lazer
http://www.amparo.sp.gov.br/noticias/agencia/2007/04_abril/200407_esp_lazer.htm
http://www.correio24horas.com.br/noticias/detalhes/detalhes-1/artigo/projeto-de-revitalizacao-para-orla-inclui-9-trechos-e-custo-estimado-de-r-111-milhoes/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Salvador_(Bahia)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Lazer



domingo, 17 de novembro de 2013

A cultura pela Filosofia, Ética, Cidadania e pelos Estudos Sócio-Antropológicos.

A Origem da Cultura e sua Etmologia


Primeiramente para compreender o conceito e a etimologia da palavra Cultura é importante buscar tais conhecimentos em suas origens.
Cultura (do latim colere, que significa cultivar) é um conceito de várias acepções, sendo a mais corrente a definição genérica formulada por Edward B. Tylor (1832), segundo a qual cultura é “ todo aquele complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e capacidades adquiridos pelo homem como membro da sociedade”. Cultura é também associada, comumente, a altas formas de manifestação artística e/ou técnica da humanidade, como a música erudita europeia (o termo alemão “Kultur” é o que mais se aproxima desta definição).

Para Filosofia, a cultura é o conjunto de manifestações humanas que contrastam com a natureza ou comportamento natural.


Já a Antropologia - esta ciência entende a cultura como o totalidade de padrões aprendidos e desenvolvidos pelo ser humano. Segundo a definição pioneira de Edward Burnett Tylor, sob a etnologia (ciência relativa especificamente do estudo da cultura) a cultura seria "o complexo que inclui conhecimento, crenças, arte, morais, leis, costumes e outras aptidões e hábitos adquiridos pelo homem como membro da sociedade". Portanto corresponde, neste último sentido, às formas de organização de um povo, seus costumes e tradições transmitidas de geração para geração que, a partir de uma vivência e tradição comum, se apresentam como a identidade desse povo.


A cultura pela Filosofia, Ética, Cidadania e pelos Estudos Sócio-Antropológicos.


A filosofia, ética, cidadania e os Estudos Sócio-antropológicos estão ligados as origens do conhecimento da nossa cidade principalmente quando se trata de cultura, costumes, religião e descendências socio-culturais.  

A Cidade de Salvador por exemplo é considerada o centro da cultura afro-brasileira por ter uma origem marcada pela presença da cultura e da arte de outros povos exemplo aos negros oriundos da africa e até mesmo de varias partes da Europa, se torna inadmissível negar tais influências, origens e uma cultura tão diversificada incutida em nossa sociedade, para compreendermos a importância de tal influência cultural e Social, vejamos  alguns aspectos,conceitos e visões de alguns autores de clássicos da Sociologia e da Filosofia.

A cultura ao ser definida se refere à literatura, cinema, arte, entre outras, porém seu sentido é bem mais abrangente, pois cultura pode ser considerada como tudo que o homem, através da sua racionalidade, mais precisamente da inteligência, consegue executar. Dessa forma, todos os povos e sociedades possuem sua cultura por mais tradicional e arcaica que seja, pois todos os conhecimentos adquiridos são passados das gerações passadas para as futuras.


Os elementos culturais são: artes, ciências, costumes, sistemas, leis, religião, crenças, esportes, mitos, valores morais e éticos, comportamento, preferências, invenções e todas as maneiras de ser (sentir, pensar e agir).


A cultura é uma das principais características humanas, pois somente o homem tem a capacidade de desenvolver culturas, distinguindo-se, dessa forma, de outros seres como os vegetais e animais.


Apesar das evoluções pelas quais passa o mundo, a cultura tem a capacidade de permanecer quase intacta, e são passadas aos descendentes como uma memória coletiva, lembrando que a cultura é um elemento social, impossível de se desenvolver individualmente.

Foto:
http://servicosocial-erenilza.blogspot.com.br/2010/09/o-servico-social-e-construcao-da.html

Pra Cidadania é Ético aprender a ser cidadão e cidadã , entre outras coisas , aprender a agir com respeito, solidariedade, responsabilidade, justiça, não violência; aprender a usar o diálogo nas mais diversas situações e comprometer-se na vida da comunidade ou do País. Esses valores essas atitudes são aprendidos, desenvolvidos e absorvidos por nós pro meio da sociedade e de uma cultura passada de gerações a gerações fortalecendo assim a importância de tais estudos para para Ética, Cidadania e para o meio Social em que vivemos. 

 Kant defendia a formação de uma Sociedade das Nações composta por uma federação de repúblicas livres e independentes. Federação que, começando pela Europa, terminaria por congregar o mundo inteiro através de garantias mútuas e respeito à autodeterminação dos povos. Ele condenava o colonialismo como uma evidente violação aos princípios de liberdade das nações, e acreditava, ingenuamente, como era comum entre os iluministas, que a expansão das práticas comerciais pelo mundo afora tornaria as guerras desnecessárias, ao mesmo tempo em que expandiriam "o conceito do direito mundial da cidadania", seus pressupostos teóricos são conhecimentos incutidos nas  origens culturais do ser humano.


A REVOLUÇÃO PACÍFICA DE KANT

Immanuel Kant é considerado um dos mais importantes filósofos do pensamento ocidental. Duzentos anos após sua morte, em 1804, suas obras continuam sendo pensadas como a expressão filosófica da modernidade. A partir de Kant, o homem torna-se o centro daquilo que pode ser conhecido, sendo a medida de todo o saber. Uma revolução no mundo do conhecimento que o próprio filósofo assemelha à "revolução copernicana", referindo-se à teoria de Copérnico (1473-1543), a partir da qual o Sol passa a ocupar o centro do universo, e não mais a Terra, concepção anterior sobre o lugar deste planeta no sistema gravitacional.
"Na filosofia, a modernidade está inscrita na forma pela qual Kant analisa as condições de possibilidade dos três campos da cultura separados uns dos outros", afirma Ricardo Terra, filósofo da Universidade de São Paulo (USP). Isso é observado nas três principais obras kantianas: Crítica da razão pura (1781), no domínio do teórico, no âmbito do conhecimento, da ciência; Crítica da razão prática (1788), no plano da ação, dos costumes; e a Crítica da faculdade de julgar (1790), no âmbito do belo, da arte.

MODERNIDADE 

Ricardo Terra,  explica que essa noção de modernidade aplicada às obras de Kant está relacionada à caracterização da modernidade cultural, estabelecida pelo sociólogo alemão Max Weber. Na concepção weberiana, o processo de modernização da cultura ocorre com a quebra da articulação entre o saber, a ética, o direito e a arte, por um lado, em contraposição à teologia e à metafísica. "Antes desse processo, passava-se de uma esfera para outra sem sobressaltos. Por exemplo, a religião, de certa maneira, interferia nos domínios da ciência, da ética e da estética. Kant toma esses domínios como sendo independentes", diz o filósofo da USP.


 Marilena Chauí em Convite a filosofia diz o seguinte:

“Se abandonar a ingenuidade e os preconceitos do senso comum for útil; se não se deixar guiar pela submissão às idéias dominantes e aos poderes estabelecidos for útil; se buscar compreender a significação do mundo, da cultura, da história for útil; se conhecer o sentido das criações humanas nas artes, nas ciências e na política for útil; se dar a cada um de nós e à nossa sociedade os meios para serem conscientes de si e de suas ações numa prática que deseja a liberdade e a felicidade para todos for útil, então podemos dizer que a Filosofia é o mais útil de todos os saberes de que os seres humanos são capazes”



ESTUDOS SÓCIO-ANTROPOLÓGICOS

Povos do Xingu se enfrentam durante o Quarup, ritual feito em homenagem 
aos mortos ilustres tendo como centro Mawutzinin, o primeiro homem do mundo.

A descoberta do social e do cultural como um plano dotado de realidade é a essência da Antropologia Social. Na nossa vida cotidiana nos acostumamos a pensar que algumas coisas têm mais realidade que outras. Assim, coisas como chuva ou mesa são rapidamente aceitas como mais reais do que a cultura ou imaginário. Segundo o antropólogo Roberto DaMatta há coisas que são mais facilmente observáveis e o papel da antropologia é justamente mostrar a cultura como algo a ser observado. Perceber as regras culturais de cada sociedade e a sua dinâmica própria.

Segundo o antropólogo, o senso comum estabelece uma divisão entre aquilo que é biológico e aquilo que é cultural no desenvolvimento humano. Desta forma, todos nós seríamos formados por instâncias que seriam complementares.

Outra dicotomia bastante utilizada pelo senso comum diz respeito à falsa oposição entre Natureza X Cultura. A natureza estando “pronta” e a cultura sendo construída pela humanidade.



Cultura é uma tradição viva, conscientemente elaborada e que passa de geração para geração, que permite tornar singular e única uma determinada comunidade em relação a outras (formada de pessoas de uma mesma espécie). (de acordo com Roberto DaMatta).





A tradição viva nos remete às transformações culturais que sempre são possíveis. Quando fazemos parte de um grupo e aprendemos o seu comportamento e suas tradições e estas só são válidas se estiverem sendo vividas. A vivência de um hábito é o que o mantém. Frequentemente ouvimos falar a respeito de resgatar a cultura. Isso significa que alguns hábitos, maneiras e crenças de determinados grupos não estão mais sendo vivenciados e há uma tentativa de incutir tais maneiras nas novas gerações.




A Cultura na visão dos clássicos da Sociologia:

 Émile Durkheim, Karl Marx e Max Weber.











Marx, Dürkheim e Weber Embora, distintos em quase tudo, os três concordam com a idéia de que o individualismo é uma criação da cultura capitalista ou industrial, conforme a designação de cada autor. as configurações institucionais contemporâneas seguiram um curso diverso das previsões analíticas dos clássicos da sociologia, fossem as de Marx, Durkheim ou Weber. As revoluções socialistas, quando ocorreram, se passaram de forma muito distinta da imaginada pelo socialismo científico de Marx e Engels,  da mesma forma que a ampliação das liberdades individuais, do hedonismo e da cultura individualista acabou de vez  com a idéia de que as pessoas têm um comportamento passível de ser apreendido por normas, conforme o pensamento de Durkheim.

Fontes:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Cultura
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAet8oAF/estudos-socioantropologicos
http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?pid=S0009-67252004000300029&script=sci_arttext

sábado, 16 de novembro de 2013

Cinema, retrato de nossa cultura


Durante a década de 1950, a indústria cultural brasileira sofria com diversos entraves que impediam a realização de produções cinematográficas e, conseqüentemente, a produção de obras com grande qualidade técnica. Um pouco antes dessa época, a indústria cinematográfica paulista viveu uma pequena fase de ascensão incapaz de consolidar a “sétima arte” no Brasil. Dessa forma, jovens intelectuais e artistas passaram a discutir um novo rumo para o cinema nacional.

A primeira importante manifestação desse sentimento de mudança aconteceu em 1952, com a organização do I Congresso Paulista de Cinema Brasileiro. Nesse encontro, além de pensarem sobre alternativas para a incipiência da arte cinematográfica, seus integrantes se mostraram preocupados em se distanciar do prestigiado modelo ficcional do cinema norte-americano. Dessa forma, tiveram grande interesse em dialogar com os elementos realistas oferecidos pelo neo-realismo italiano e a “nouvelle vague”.
Tendo como grande princípio a máxima “uma câmera na mão e uma idéia na cabeça”, essa nova geração de cineastas propôs deixar os obstáculos causados pela falta de recursos técnicos e financeiros em segundo plano. A partir de então, seus interesses centrais eram realizar um cinema de apelo popular, capaz de discutir os problemas e questões ligadas à “realidade nacional” e o uso de uma linguagem inspirada em traços da nossa própria cultura.
Em 1955, o diretor Nelson Pereira dos Santos exibiu o primeiro filme responsável pela inauguração do Cinema Novo. “Rio 40 graus” oferecia uma narrativa simples, preocupada em ambientar sua narrativa com personagens e cenários que pudessem fazer um panorama da cidade que, na época, era a capital do país. Depois disso, outros cineastas baianos e cariocas simpatizaram com essa nova proposta estético-temática para o cinema brasileiro.
Esses filmes tocavam na problemática do subdesenvolvimento nacional e, por isso, inseriam trabalhadores rurais e sertanejos nordestinos em suas histórias. Além disso, comprovando seu tom realista, esses filmes também preferiram o uso de cenários simples ou naturais, imagens sem muito movimento e a presença de diálogos extensos entre as personagens. Geralmente, seriam essas as vias seguidas pelo cinema novo para criticar o artificialismo e a alienação atribuídos ao cinema norte-americano.

Na primeira etapa do Cinema Novo, que vai de 1960 a 1964, observamos os primeiros trabalhos dos diretores Cacá Diegues, Ruy Guerra, Paulo César Saraceni, Leon Hirszman, David Neves, Joaquim Pedro de Andrade, Luiz Carlos Barreto, Glauber Rocha e Nelson Pereira dos Santos. Entre outras produções dessa época podemos salientar os filmes “Vidas Secas” (1963), “Os Fuzis” (1963) e o prestigiado “Deus e o Diabo na Terra do Sol”.
O segundo período do Cinema Novo, que vai de 1964 a 1968, dialoga com o agitado contexto de instalação da ditadura militar no Brasil. Os projetos desenvolvimentistas e o discurso em favor da ordem social passaram a figurar outro tipo de temática dentro do movimento. Entre outros filmes dessa época, se destacam: “O Desafio” (1965), “Terra em Transe” (1967) e “O Bravo Guerreiro” (1968). Após esse período, a predominância do discurso político engajado perde sua força na produção do cinema novo.
Essa nova mudança refletia a eficácia dos instrumentos de censura e repressão estabelecidos pela ditadura militar. Com isso, a crítica ácida e direta encontrada nas produções anteriores vai perder lugar para a representação de um Brasil marcado por sua exuberância e outras figuras típicas. Nesse mesmo período, o Cinema Novo se aproximou da proposta do Tropicalismo, movimento musical que criticava o nacionalismo ufanista e a aversão radical aos elementos da cultura estrangeira.

Nesse último período do Cinema Novo, que se estende de 1968 a 1972, temos um volume menor de produções, entre as quais se destaca o filme Macunaíma (1969). Inspirado na obra homônima de Mário de Andrade, esse filme reconta a trajetória do festivo e sensual herói da literatura brasileira por meio das primorosas atuações de Grande Otelo e Paulo José. Por meio desse filme, vemos que a questão nacional passa a ser rearticulada fora dos limites da estética realista.

O exílio de alguns cineastas e a adaptação de outros participantes às oportunidades oferecidas pela crescente indústria cultural brasileira acabou desgastando o movimento. Aqueles que ainda se inspiravam nas propostas do Cinema Novo, a partir da década de 1970, vão passar a encabeçar uma outra fase do cinema brasileiro. O chamado “Cinema Marginal” vai dar continuidade à postura contestatória e o privilégio das questões político-sociais anteriormente defendidas pelo Cinema Novo.

http://www.brasilescola.com/historiab/cinema-novo.htm



quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Dança, uma forma de expressão cultural

As danças constituem um importante componente cultural da humanidade. E no caso do Brasil, que possui uma cultura tão rica e diversificada, a gama de modalidades são enormes, e muito importantes para a cultura brasileira. O folclore brasileiro é rico em danças que representam as tradições e a cultura de uma determinada região. 
Estão ligadas aos aspectos religiosos, festas, lendas, fatos históricos, acontecimentos do cotidiano e brincadeiras. As danças folclóricas brasileiras caracterizam-se pelas músicas animadas (com letras simples e populares) e figurinos e cenários representativos. Estas danças são realizadas, geralmente, em espaços públicos: praças, ruas e largos.
As danças folclóricas são uma forma de desenvolver essa expressão artística com base em tradições e costumes de um povo. Elas podem ser executadas de várias formas com pares ou em grupos e a forma original de dançar e cantar permanece praticamente a mesma. Em diversos países, a dança folclórica é a expressão daquele povo.
No Brasil, as danças folclóricas sofreram influências das tradições dos estados, dos povos africanos e europeus. Dessa forma, dependendo do estado, as danças podem ser mais influenciadas pelos africanos, indígenas ou europeus. 
Além disso, a Igreja Católica também ajudou no surgimento de personagens e contos da história brasileira. Uma das principais características das danças folclóricas do país são as músicas simples e os personagens chamativos
A dança também é uma forma de lazer, pois podemos visitar as diferentes regiões do Brasil para assistirmos as mais belas danças que se existe espalhadas por cada canto desse país e do mundo como por exemplos as mais conhecidas que são: Quadrilha, Bumba meu Boi, Reisado, Samba, Baião, Samba de roda.

Leia Mais: http://www.gazetadebeirute.com/2013/04/a-cultura-e-danca-popular-do-brasil.html#ixzz2jzLoWH7b 
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Teatro

Teatro- do grego Oéatpov (théatron), é uma forma de arte em que um ator ou conjunto de atores interpretam uma história. Surgindo das festas dionisíacas realizadas em homenagem ao deus Dionísio, deus do vinho, do teatro e da fertilidade. Essas festas, que eram rituais sagrados, procissões e recitais que duravam dias seguidos, aconteciam uma vez por ano na primavera, períodos em que se fazia a colheita do vinho naquela região.                                                                                       
O teatro grego que hoje conhecemos surgiu, segundo historiadores, de um acontecimento inusitado. Quando um participante desse ritual sagrado resolve vestir uma máscara humana, ornada com cachos de uvas, sobe em seu tablado em praça pública e diz: “Eu sou Dionísio!”. Todos ficam espantados com a coragem desde se humano colocar-se no lugar de um deus, ou melhor, fingir ser um deus, coisa que até então não havia acontecido, pois um deus  era para ser louvado, era um ser intocável. Este homem chamava-se Téspis, considerado o primeiro ator da história do teatro Ocidental.
Ele arriscou transformar o sagrado em profano, a verdade m faz-de-conta, o ritual em tetro, pela primeira vez, diante de outros, mostrou que poderíamos representar o outro. Este acontecimento é o marco inicial da ação dramática.
O teatro é fundamental na formação cultural de um povo, pois além de nos mostrar a cultura, também nos mostra a forma de pensar de determinada época e contexto social, é importante para o lazer porque é uma forma de diversão, até porque as peças teatrais nos fazem rir ou chorar, sendo considerada uma das expressões artísticas mais fortes de qualquer povo. Também se denomina teatro o local apropriado para esta forma de arte.


REFERÊNCIA: Info Escol- Por Professor Lindomar

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Turismo em Salvador-Bahia.

Turismo e Igrejas da Cidade.


O que não falta em Salvador são lugares para conhecer. O novo e o antigo estão em harmonia na cidade e proporcionam ao turista um verdadeiro leque de opções. Como grande parte dos pontos turísticos ficam próximos ao mar, além do belo visual, você pode aproveitar para desfrutar do pôr do sol ao fim do dia. 

Sem esquecer as práticas religiosas, característica marcante na cidade, é obrigatório citar as Igrejas que por fim também é uns dos pontos turismo de salvador. um dos pontos que apresenta uma combinação única culturas africanas e europeias, as quais imprimiram no tecido urbano e na população local características peculiares que podem ser observadas nas suas Igrejas barrocas, nos santuários africanos, no sincretismo religioso e entre outros. 

 A igreja do Bonfim se destaca pela facilidade e tradição em unir a religião católica e as de matrizes africanas, a lavagem das escadarias do templo se tornou mundialmente conhecida devido à participação do chamado povo de santo. São os membros do candomblé que através do sincretismo religioso fazem da imagem do santo católico uma relação direta com o orixá cultuado por seu povo.
Este fato chamou a atenção do mundo e faz com que pessoas das mais diversas religiões transformem a Igreja do Bonfim em um dos principais destinos turístico religioso da capital baiana, ali pode ser percebida a religião sendo usada livremente pelos fiéis, sem a necessidade de regras e imposições previamente estabelecidas.
Marilena Chauí em “A experiência do sagrado e a instituição da religião”, trecho do livro “Convite a Filosofia” diz:
     
        Há religiões em que os deuses se manifestam: surgem diante dos homens em beleza, esplendor, perfeição e poder e os levam a ver uma outra realidade, escondida sob a realidade cotidiana, na qual o espaço, o tempo, as formas dos seres, os sons e as cores, os elementos encontram-se organizados e dispostos de uma outra maneira, secreta e verdadeira. A divindade, levando um humano ao seu mundo, desvenda-lhe a verdade e o ilumina com sua luz. 
 O que comprova que a religião pode ser usada como ponto de encontro entre o homem e Deus, e tal encontro podem culminar em uma mudança de realidade. Fato que transforma a capital baiana em um local onde o ecumenismo é naturalmente encarado, e os todos possa ao menos declarar sua preferência religiosa.

O Mosteiro de São Bento da Bahia é o primeiro mosteiro da ordem construído na América do Sul, essa ordem se destaca pelo tipo de trabalho que realiza, 
“O monge é, pois, aquele que está em busca da sua unidade essencial e existencial, que procura esta unidade fundamental do seu ser em Deus, consegue mesmo, com os demais seres humanos e com o cosmos. O monge alcança a sua unidade sendo um só, com Deus; um só com a humanidade; e um só, com a criação”.

Os monges possuem uma intensa busca a Deus através da oração, do trabalho e do estudo, o que já transforma essa ordem religiosa em algo singular e desperta a curiosidade de quem visita o local. Já o templo do mosteiro beneditino possui uma grande importância para a sociedade soteropolitana, devido à riqueza da sua construção que data de 1582, do museu que guarda peças únicas e da biblioteca com títulos que podem ser encontrados apenas naquele local.
Marilena Chauí em “A experiência do sagrado e a instituição da religião”, Trecho do livro “Convite a Filosofia” diz:

              A religião não sacraliza apenas o espaço e o tempo, mas também seres e objetos do mundo, que se tornam símbolos de algum fato religioso. Os seres e objetos simbólicos são retirados de seu lugar costumeiro, assumindo um sentido novo para toda a comunidade – protetor, perseguidor, benfeitor, ameaçador. Sobre esse ser ou objeto recai a noção de tabu (palavra polinésia que significa intocável): é um interdito, ou seja, não pode ser tocado nem manipulado por ninguém que não esteja religiosamente autorizado para isso.  

O que torna mais profunda a importância do Mosteiro de São Bento da Bahia, tanto o espaço quanto o tempo se fazem sagrados ali, e a sociedade de Salvador tem a sua livre disposição um local que testemunhou a história.

Bibliografia:

<http://ensinarfilosofia.com.br/__pdfs/tecnico/semestre3/123.pdf> acesso em 9 outu 2013
Texto de Marilena Chauí 
Livro: Convite à Filosofia


 IGREJA SENHOR DO BOMFIM

http://www.bahia-turismo.com/salvador/bonfim.htmfundado 

A igreja Basílica Santuário Senhor Bom Jesus do Bonfim, em Salvador, foi construída entre 1746 e 1754, para abrigar a imagem do Senhor Bons Jesus do Bonfim, trazida de Lisboa, em 1745. Em 1927, o papa Pio XI elevou o templo à dignidade de Basílica.
A arquitetura é em estilo neoclássico e fachada em rococó. Segue o modelo das igrejas portuguesas dos séculos 18 e 19, com belos afrescos e azulejaria.
O Senhor do Bonfim é o padroeiro da Bahia e um ícone da fé baiana. A igreja atrai muitos devotos, turistas e peregrinos. As famosas fitinhas do Senhor do Bonfim são confeccionadas desde o início do século 19 e têm a medida do comprimento do braço direito até o peito da imagem do Senhor do Bonfim.
A tradicional Festa do Bonfim é celebrada desde o século 18, em janeiro. O dia do padroeiro ocorre no 2º domingo, depois da Festa da Epifania do Senhor.
A Lavagem (das escadarias e do adro da Igreja) do Bonfim é a mais importante festa religiosa (profana) da Bahia. Inicia-se com o cortejo de baianas que caminham desde a Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia até o alto do Bonfim, carregando água de cheiro. O percurso é de oito quilômetros de festa. Termina ao som de trios elétricos (se é que termina).
Símbolo marcante da Bahia são as fitas coloridas que ficam nas grades da igreja. Elas também são conhecidas como “medida”, porque originalmente tinham a medida do braço direito da imagem do Senhor do Bonfim. Os crentes amarram uma fita no pulso, dão três nós e, a cada um deles, fazem um pedido - é tradição comprar fitinhas na cidade.

Fica no Largo do Bonfim - Bonfim. CEP 40425-360. Tel.: (71) 3316-2196.



MOSTEIRO DE SÃO BENTO


O Mosteiro de São Bento da Bahia é o primeiro mosteiro beneditino das Américas,  em 1582. Sua biblioteca guarda milhares de obras raras e seu belíssimo coral parece mesmo divino. Seu acervo sacro é imenso e magnífico.

O primeiro prédio do mosteiro de São Bento, em Salvador, foi construído no final do século 16. O atual foi iniciado na segunda metade do século 17.
Em 1575, o frei beneditino Pedro de São Bento Ferraz chegou a Salvador com a missão de fundar o mosteiro. As instalações incompletas começaram a ser habitada pelos frades em 1584. Foram ocupadas pelos holandeses em 1624, durante a invasão de Salvador, quando saquearam e destruíram o edifício. O monge arquiteto Frei Macário de São João fez o projeto do novo prédio, em estilo neoclássico. As obras foram iniciadas no século 17 e concluídas no final do século 19. O altar-mor da igreja primitiva foi transferido para a Igreja de Monte Serrat. Um novo altar em mármore foi construído.
Parte frontal do majestoso edifício da Basílica Arquiabacial de São Sebastião do Mosteiro de São Bento, vista externa.

A história do Mosteiro está ligada à história da Bahia. No século 17, serviu de enfermaria durante o período da peste espanhola. No século 18, acolheu os vitimados da Guerra de Canudos. Em 1982, a igreja do Mosteiro foi elevada a condição de Basílica Menor de São Sebastião pelo Papa João Paulo II.

 http://www.bahia-turismo.com/salvador/igrejas/mosteiro-sao-bento.htm


Salvador-Bahia

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