Vinda do verbo latino colere, que significa cultivar, criar, tomar conta e cuidar, Cultura significava o cuidado do homem com a Natureza. Donde: agricultura. Significava, também, cuidado dos homens com os deuses. Donde: culto. Significava ainda, o cuidado com a alma e o corpo das crianças, com sua educação e formação. Donde: puericultura (em latim, puer significa menino; puera, menina). A Cultura era o cultivo ou a educação do espírito das crianças para tornarem-se membros excelentes ou virtuosos da sociedade pelo aperfeiçoamento e refinamento das qualidades naturais (caráter, índole, temperamento); a partir do século XVIII, Cultura passa a significar os resultados daquela formação ou educação dos seres humanos, resultados expressos em obras, feitos, ações e instituições: as artes, as ciências, a Filosofia, os ofícios, a religião e o Estado. Torna-se sinônimo de civilização, pois os pensadores julgavam que os resultados da formação-educação aparecem com maior clareza e nitidez na vida social e política ou na vida civil (a palavra civil vem do latim: cives, cidadão; civitas, a CIDADE-ESTADO). No primeiro sentido, a Cultura é o aprimoramento da natureza humana pela educação em sentido amplo, isto é, como formação das crianças não só pela alfabetização, mas também pela iniciação à vida da coletividade por meio do aprendizado da música, dança ginástica, gramática, poesia, retórica, história, Filosofia, etc. A pessoa culta era a pessoa moralmente virtuosa, politicamente consciente e participante, intelectualmente desenvolvida pelo conhecimento das ciências, das artes e da Filosofia. É este sentido que leva muitos, ainda hoje, a falar em “cultos” e “incultos”. Podemos observar que neste primeiro sentido Cultura e Natureza não se opõem. Os humanos são considerados seres naturais, embora diferentes dos animais e das plantas. Sua natureza, porém, não pode ser deixada por conta própria, porque tenderá a ser agressiva, destrutiva, ignorante, precisando por isso ser educada, formada, cultivada de acordo com os ideais de sua sociedade. A Cultura é uma segunda natureza, que a educação e os costumes acrescentam à primeira natureza, isto é, uma natureza adquirida, que melhora, aperfeiçoa e desenvolve a natureza inata de cada um. No segundo sentido, isto é, naquele formulado a partir do século XVIII, tem início a separação e, posteriormente, a oposição entre Natureza e Cultura. Os pensadores consideram, sobretudo a partir de Kant, que há entre o homem e a Natureza uma diferença essencial: esta opera mecanicamente de acordo com leis necessárias de causa e efeito, mas aquele é dotado de liberdade e razão, agindo por escolha, de acordo com valores e fins. A Natureza é o reino da necessidade causal, do determinismo cego. A humanidade ou Cultura é o reino da finalidade livre, das escolhas racionais, dos valores, da distinção entre bem e mal, verdadeiro e falso, justo e injusto, sagrado e profano, belo e feio. À medida que este segundo sentido foi prevalecendo, Cultura passou a significar, em primeiro lugar, as obras humanas que se exprimem numa civilização, mas, em segundo lugar, passou a significar a relação que os humanos, socialmente organizados, estabelecem com o tempo e com o espaço, com os outros humanos e com a Natureza, relações que se transformam e variam. Agora, Cultura torna-se sinônimo de História. A Natureza é o reino da repetição; a Cultura, o da transformação racional; portanto, é a relação dos humanos com o tempo e no tempo.
Museu de Arte da Bahia
Horários:
Segunda-feira
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Fechado
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Terça-feira
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13:00–19:00
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Quarta-feira
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13:00–19:00
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Quinta-feira
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13:00–19:00
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Sexta-feira
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13:00–19:00
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Sábado
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14:00–19:00
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Domingo
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14:00–19:00
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Museu Carlos Costa Pinto
É uma fundação, instituição cultural particular mantida através de convênio com o Governo do Estado da Bahia. A casa onde está instalado o museu, projeto dos arquitetos Euvaldo Reis e Diógenes Rebouças, em estilo Colonial Americano, data de 1958. Destinada inicialmente à residência da família, nunca foi habitada. Sofreu adaptações para comportar a sua nova função e abrigar um acervo de 3.175 peças. Foi inaugurado em 5 de novembro de 1969, graças ao apoio do então governador do Estado da Bahia, Dr. Luís Viana Filho. Posteriormente, o governador Antônio Carlos Magalhães completou-o com as instalações da biblioteca e do auditório. O acervo foi doado pela viúva Margarida Ballalai de Carvalho Costa Pinto (1895 - 1979), filha de João Pereira de Carvalho e Helena Ballalai de Carvalho, tradicional família baiana. Casou-se com Carlos Aguiar da Costa Pinto aos 17 anos. Não tiveram filhos. Para realizar a concretização do sonho de seu marido, rico comerciante que cultivava o hábito de colecionar peças de arte e o maior responsável pelo acervo que reconstitui o cotidiano das antigas famílias da aristocracia açucareira na Bahia entre os séculos XVII e XIX. O museu retrata a opulência da aristocracia baiana, representada, principalmente, na coleção de joias feitas de ouro e pedras preciosas. A prataria compõe a seção mais numerosa do acervo, com 923 peças, grande parte originária do Porto, do final do século XIX. Peças como as insígnias da Ordem Imperial do Cruzeiro, da Ordem Militar de Cristo e a da Imperial Ordem da Rosa se destacam, além das luminárias de cristal Baccarat, França, e do mobiliário que remonta do século XVII ao XIX.
Endereço:Av. Sete de Setembro, 24, Salvador - BA, 40060-001
Telefone: (71) 3336 – 1662
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museucostapinto.blogspot.com/
Palácio Rio Banco
Endereço:
Praça. Tomé de Sousa, S/N, Centro, Pelourinho, Salvador - BATelefone: (71) 3116 - 6520
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